A ANVISA aprovou no início de 2023 uma nova medicação para o tratamento da obesidade sobrepeso. Trata-se do Wegovy, a Semaglutida de 2,4mg que demonstrou resultados muito animadores no tratamento do excesso de peso.
Lembramos que a substância já havia sido aprovada há alguns anos no Brasil com o nome de Ozempic, porém esta medicação tem como dose máxima 1mg e é usada para tratamento da diabetes.
Como o Wegovy funciona?
A semaglutida é um agonista receptor do GLP-1, que age na produção de insulina e na sensação de saciedade. Esta combinação contribui para que o indivíduo tenha menos fome e coma menos vezes por dia.
O Wegovy emagrece mesmo? Quantos kg eu perco com o Wegovy?
O estudo STEP mostrou que a média de perda de peso foi de – 14,9% ou – 15.3 kg em cerca de 1 ano e meio de uso. Este resultado é superior ao de todas as medicações até então aprovadas para tratamento da obesidade.
Outro dado muito interessante foi o fato de mais de 30% dos pacientes perderem mais que 20% do peso inicial, não muito diferente do observado em pacientes submetidos à cirurgia bariátrica!
Quais são os efeitos colaterais do Wegovy?
Os colaterais mais comuns são as náuseas, que ocorrem principalmente no início do tratamento. Outros sintomas que podem ocorrer são: diarreia, intestino preso e dores abdominais.
Quando o Wegovy será lançado?
Ainda não existe previsão para o lançamento no Brasil. Mas o processo não deve demorar, já que a medicação foi aprovada pela ANVISA.
Como usar o Wegovy?
A medicação é utilizada de forma injetável, aplicada pelo próprio paciente.
A dose inicial é de 0,25mg uma vez por semana, sendo aumentada todos os meses até a dose máxima de 2,4mg, atingida no quinto mês.
Para usar qualquer medicação, procure seu médico de confiança. Todo medicamento tem indicações e contraindicações e somente seu médico poder´a indicar qual é a melhor opção para você.
REFERÊNCIAS:
Wilding JP, Batterham RL, Calanna S, Davies M, Van Gaal LF, Lingvay I, et al. Once-Weekly Semaglutide in Adults with Overweight or Obesity. N Engl J Med. 2021 Mar 18;384(11):989-1002.